segunda-feira, 2 de novembro de 2009

casamento homossexual? A voz ao povo!

O Bloco de Esquerda apressou-se a apresentar no Parlamento um projecto de degradação do casamento. E a par de movimentações de «socialistas católicos» no sentido de se realizar um referendo, Francisco Louçã - que no caso do Tratado de Lisboa era a favor de uma aprovação por referendo - pronuncia-se agora contra um referendo alegando que a vontade da maioria poderia esmagar a da minoria. Seria difícil imaginar uma declaração mais anti-democrática. Ficou patente o receio de que, levada ao povo, esta questão viesse a ter um desfecho diferente daquele que estará já a ser «cozinhado» no parlamento.

O nosso dever democrático, portanto, só pode ser o de trabalhar para conseguir que seja ouvida e respeitada a voz e a vontade do povo, expressa por si ou pelos seus representantes mais próximos - os autarcas, recentemente legitimados.

No PPV estamos convictos de que a democracia portuguesa, onde a vox populi se sente dia a dia mais abafada, possui potencialidades ainda não exploradas e ao alcance até de um movimento de cidadãos sem representação parlamentar. Eis, pois, o sentido da interpelação aos cidadãos que, por email e no blogue portugalprovida.blogspot.com, o PPV vem lançando nos últimos dias, apelando em especial ao forte sentido de participação cívica do «povo pro Vida» e pro família.

Conhecemos bem o sentimento de profunda repulsa que aquela proposta do Bloco de Esquerda está a gerar na larga maioria dos portugueses. Contamos com o seu sentido de responsabilidade e de defesa do bem comum para em conjunto encontrarmos formas eficazes e porventura inovadoras de influenciar a decisão política no bom sentido.

E temos de apelar ao sentido patriótico de todas as instituições, ONGs, jornais e blogues que, pela sua orientação e lucidez, percebem que este projecto de Lei visa facilitar o acesso de parelhas homossexuais à adopção de crianças. É agora o tempo propício - não mais tarde – para estas instituições darem o corajoso passo em frente. Não podem abandonar à sua sorte milhões de portugueses que nelas confiam.

Luís Botelho Ribeiro

28-10-2009